quinta-feira, 4 de novembro de 2010

verão e a pele: Todo cuidado é pouco

Equipe Editorial Bibliomed
Neste Artigo:

- A Queimadura
- Os Graus
- Fator de Proteção
- Cuidados
- Insolação
- Crianças
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"Verão costuma ser sinônimo de sol, praia e calor. Nesta época do ano, é comum que as pessoas desejem exibir um corpo perfeito. Mas apenas isto não basta. Os brasileiros também gostam de desfilar no verão com um corpo bronzeado. A pele queimada é tida por muitas pessoas como uma característica da aparência saudável. No entanto, os especialistas alertam que a estação é um período que exige atenção e cuidados redobrados com a pele. A ação dos raios solares sobre o corpo desprotegido tem conseqüências sérias. O câncer pode parecer uma ameaça distante, mas as queimaduras são riscos iminentes que podem estragar as férias na praia. Com as crianças, que têm pele bem mais sensível, o cuidado deve ser ainda maior".

A Queimadura

A queimadura se caracteriza pelo contato com substâncias que aumentam a temperatura e provocam a destruição das camadas que compõem a pele. A queimadura tem vários níveis, identificados conforme o tipo de lesão. É difícil encontrar quem nunca chegou à praia e se expôs ao sol por longos períodos, logo nos primeiros dias. Em pouco tempo, a pele fica avermelhada e com sensação de ardência: esta é a queimadura de primeiro grau, tão comum durante o verão. "Ela é superficial, ou seja, a lesão foi apenas da epiderme", explica o médico Ilmeu Dias, presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras em Minas Gerais e coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, maior unidade do País em número de leitos destinados a vítimas de queimaduras.

Os Graus

A lesão da pele na chamada queimadura de segundo grau também pode ocorrer por ação do sol. Neste caso, são destruídas camadas mais profundas. "É uma lesão mais dolorosa, com bolhas. É comum que ela ocorra em pessoas que utilizam bronzeadores caseiros, como o óleo das folhas de figo, o urucum e o óleo de avião. Estas substâncias podem provocar até mesmo intoxicação", alerta o Dr. Ilmeu. A lesão de segundo grau é causada pelo sol e, em 85% dos casos, por acidentes domésticos, sobretudo os que ocorrem na cozinha. Comidas e líquidos quentes são algumas das ameaças à pele. O médico ensina que as mães também devem ficar atentas ao preparo do banho dos bebês. A água quente na bacia pode provocar queimaduras.

O uso de produtos químicos sobre a pele, sem orientação médica e sob ação dos raios solares, pode ser ainda mais grave, provocando a queimadura de terceiro grau. A lesão é profunda e séria. Segundo o Dr. Ilmeu, neste caso, todas as camadas da pele são destruídas. "A queimadura é seca e não há regeneração. Suas vítimas precisam ser submetidas à cirurgia para a retirada das partes necrosadas e a realização de um enxerto", explica o médico. Queimaduras de segundo grau sem o cuidado adequado também podem evoluir para a lesão de terceiro grau.

Fator de Proteção

O médico alerta que o bronzeador nunca deve ser usado, mas apenas os protetores e bloqueadores solares. Mesmo adotando o protetor, é preciso observar o período de exposição ao sol, preferindo os horários com raios mais amenos, registrados antes das 10h e após às 16h. "Sem proteção, ninguém consegue ficar sob o sol. Em uma ou duas horas, a pele já começa a arder. O ideal é que a pessoa que acaba de chegar à praia ou que não está acostumada com o sol utilize o protetor de fator 15 ou 20. Depois que a pele se acostumar, pode ser usado o fator 8 ou 10. As pessoas de pele clara, mais sujeitas ao desenvolvimento do câncer de pele, devem usar um fator de proteção a partir de 30", orienta. O médico explica que os raios ultravioleta são fortes e penetrantes. Sua ação pode provocar alterações na célula levando ao câncer de pele.

Cuidados

Para pessoas que se descuidaram e já estão com a pele avermelhada e ardendo, o médico dá algumas dicas. "A pessoa deve tomar um banho frio com duração de dez a 15 minutos, utilizando sabonete neutro. Também deve ser usado um hidratante sem álcool. Os produtos com álcool podem irritar a pele. Se a pessoa sente dor, o melhor é evitar o sol durante dois ou mais dias", recomenda. O Dr. Ilmeu lembra que a radiação existe mesmo quando a pessoa está debaixo do guarda-sol. Neste caso, no entanto, não há lesão. "A maior parte das pessoas não chega à praia ou ao clube antes das 10h, o melhor horário para a exposição ao sol. Por isso, é indispensável usar o protetor, chapéu e ficar debaixo da sombrinha", alerta.

Insolação

Se a pele já apresenta bolhas, uma das características da queimadura de segundo grau, a pessoa deve tomar um banho frio, usar sabonete neutro e buscar assistência médica. Se a queimadura não é muito extensa e profunda, o caso é mais simples. Entretanto, áreas com lesão muito extensa podem levar a algum tipo de agravamento. Nunca se deve colocar produtos caseiros ou pomadas sobre a queimadura. Quando a pessoa apresenta lesão na pele e desidratação, o caso é chamado de insolação.

Crianças

O verão exige cuidados redobrados com as crianças. Na praia ou em clubes, as crianças devem usar bonés e bloqueadores solares, com fator de proteção superior a 50 ou 60. "As crianças devem ser bem hidratadas e nunca deixadas sob o sol após às 10h. Nos indivíduos menores, a insolação pode ocorrer de forma rápida e a queimadura de áreas extensas traz risco de vida", chama a atenção o médico. No verão, pais e mães devem observar a criança com cuidado, garantindo que ela tome líquido enquanto estiver exposta ao sol.





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